Os empreendedores coreanos são protagonistas no processo de construção simbólica, ou seja, nas marcas que são deixadas nos espaços com significados para a comunidade. Eles são os proprietários de cafés, restaurantes, mercados, centros de cultura, associações que através de sua cultura mudam a paisagem do bairro.
No caso do Bom Retiro, recentemente, as bakeries passaram por reformas ou empreendedores abriram novos espaços aumentando a concorrência no entorno com aproximadamente dezesseis cafés coreanos. Isso se deve em grande medida, à migração de parte dos coreanos das atividades de confecção para outros ramos de negócio.



A etnicidade surge pela relevância à sua forma dinâmica de organização e a maneira com a qual protege e preserva suas manifestações culturais e os produtos e significados simbólicos delas provenientes (CARDOZO, 2006). Assim, “o legado étnico presente em uma localidade possibilita reavivar as lembranças – histórias e cultura – de um povo remetendo-o às suas origens” (BALDISSERA et al., 2017, p. 70).
As formas culturais coreanas materializadas nas expressões do cotidiano da comunidade são preservadas a ponto de parecerem uma mini sociedade coreana (YANG, 2011). O que a princípio, não se configura como atrativo turístico, no entanto deve ser tratado como marcas de etnicidade com significação para a comunidade receptora e indicado como potencial atrativo (BAHL, 2004).