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É cada vez mais comum nas grandes cidades - principalmente aquelas que recebem contingentes 

de migrantes - os turistas se depararem com bairros que utilizam da cultura de um determinado grupo para atrair turistas e visitantes. A Chinatown é um dos bairros étnicos mais conhecidos e que já se tornou uma marca. Ao visitar esses espaços de consumo, o turista e/ou visitante pode conhecer as tradições dos migrantes que se estabeleceram nesse bairro. A arte, a culinária, a escrita, a vestimenta são alguns exemplos. 

Os gestores públicos e privados dos centros urbanos, em busca de captar receitas oriundas dos turistas promovem os bairros étnicos. Assim, as áreas de concentração dos migrantes nas cidades - geralmente periféricos e degradados - recebem investimentos e se tornam espaços revitalizados. 

A promoção turística dos bairros étnicos é uma possibilidade para que migrantes, através de sua cultura, possam (em parte) se estabelecer economicamente, além de ser uma tentativa de inserção na sociedade anfitriã.

Por outro lado, alguns efeitos dessa estratégia de promoção impactam de formas diversas e significativas nas comunidades de migrantes. Como por exemplo, a homogeneização de diferentes grupos étnicos que vivem num local e são vistos por turistas e visitantes como um grupo único.

Também na tentativa de revitalizar áreas, a administração pública remove moradores locais antigos e dá lugar às grandes corporações imobiliárias, resultando no aumento do preço dos imóveis.

No plano da economia, muitos empreendedores étnicos contratam os próprios coétnicos ou migrantes em situações econômicas vulneráveis e exploram esses trabalhadores, pagando salários baixos.

 

 

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